terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O caminho e o caminhante – Minhas experiências com o Yoga e o Ayurveda – PARTE 1

Nada melhor para “humanizar” o yoga do que mostrá-lo sob a ótica da experiência pessoal. Eis aqui minha contribuição. Dedico a todos que trilharam ou que ainda trilharão por este nobre caminho.
Com muita gratidão; SHANTI, SHANTI, SHANTI, OM.
Existem várias maneiras de falar sobre um tema. Como há muito tempo penso em escrever sobre yoga e ayurveda decidi que a melhor maneira de começar seria partilhando um pouco da minha experiência, ou seja, de como tais técnicas transformaram e continuam a transformar a minha existência e a minha saúde.
Assim como a maioria das pessoas, procurei o yoga para encontrar uma maneira diferente de lidar com minha vida, que naquela ocasião, há 13 anos atrás, estava vazia e sem sentido. Eu não sabia exatamente como o yoga poderia me ajudar, pois não tinha lido nada a respeito, mas eu me sentia bem durante e após as aulas, e hoje sei que são nestes momentos de tranquilidade que as mudanças favoráveis podem vir a ser concretizadas. Embora eu tivesse pouquíssima força muscular, o meu corpo até que respondia bem, mas os exercícios respiratórios eram sempre um sacrifício e me deixavam nervosa e irritada. Acreditem: não há nada mais importante do que a respiração. Através dela viemos e pela ausência dela partiremos; nunca a deixe em segundo plano. Se você quer melhorar sua vida em qualquer aspecto inicie por reaprender a respirar e volte a fazê-lo como os bebês (sim os bebês!) que por não terem ainda traumas e medos permitem-se mover seu abdômen enquanto respiram, inalando e o expandindo, exalando e contraindo.
Observe qualquer bebê e aprenda.
Parece fácil, mas não é. Justamente porque neste simples movimento estão ancoradas as nossas capacidades e ou frustações mais profundas. Permitir-se respirar é permitir-se viver. Muitos de nós ainda permitimos que com o tempo a respiração fique cada vez mais curta, causando inúmeras doenças, diminuição da vitalidade e desgosto pela vida. Aos que entendem a importância do que foi dito acima sugiro que procurem uma atividade que os ensine a respirar de forma consciente. Sei que o yoga é uma delas. Felizmente podemos contar com muitas escolas espalhadas pelo Brasil, não tenha receio em experimentar, quase todas oferecem uma aula gratuita; no primeiro momento você já saberá se lhe fez bem, aliás, esta é a melhor maneira de saber se o local é de confiança. E se mesmo assim houver algo que o impossibilite leia o texto: Técnica respiratória na caminhada, também postado em meu blog. O autor, Francisco Cosmelli, um renomado professor de yoga, foi muito feliz em publicar tal texto ensinando-nos a técnica de respiração usada pelos sherpas, os famosos guias e carregadores das expedições ao Evereste e outros altos picos das montanhas dos Himalaias. Os sherpas são capazes de fazer longas caminhadas diárias, em terreno acidentado, carregando grande peso às costas e sem demonstrar qualquer sinal de cansaço ou perda de fôlego. O segredo desse povo sorridente, robusto e ágil é, na realidade, muito simples: consiste numa respiração yóguica, sincronizada com a caminhada, que permite maior absorção de oxigênio do ar e de prana (bioenergia). Aproveitem o texto e experimentem o resultado é excelente. Paro por aqui neste primeiro ensaio, emocionada e com a sensação de dever cumprido por ter falado um pouquinho sobre a essência do yoga e da própria vida – a respiração. Até o próximo encontro, namastê *!!!
*Aos que não sabem o que significa namastê, embora nisto a novela Caminho da Índia tenha ajudado bastante, a palavra é um oi indiano, e como dizia meu querido pai – “O povo indiano é um povo bêbado de Deus”. Sendo assim vê Deus em tudo: em si mesmo, nos outros e em todo Universo – Namastê!!

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